quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Agenda proposta pela CNI para melhorar a educação põe foco em jovens e trabalhadores da indústria

Iniciativa anunciada nesta quarta-feira (30) busca desenvolver ações de curto prazo para melhorar qualidade da formação para o trabalho no Brasil.
Debate contou com a presença de Ricardo Martins, Mozart Neves Ramos, Pedro Wongtschowski, José Henrique Paim, Isabel Cristina Santana e Denise Barbosa
O ano de 2014 será marcado por uma intensa mobilização do Sistema Indústria e de parceiros como organizações governamentais e não governamentais, além da comunidade escolar, na implementação de ações que consigam melhorar de forma mais rápida a formação dos brasileiros para o trabalho. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciou na quarta-feira (30) em Brasília, o projeto Educação para o Mundo do Trabalho, cujo objetivo é elevar a escolaridade e a qualificação dos jovens que cursam o ensino médio e dos que não estudam e não trabalham, e também dos trabalhadores da indústria.

De acordo com o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, esse é um momento para se colocar a educação como ponto central do desenvolvimento do Brasil. “A CNI se propõe a liderar o diálogo entre setores público e privado para avançar na qualidade do que é oferecido aos jovens. Já temos resultados bons como o Pronatec e podemos aprofundar isso na educação básica”, diz.

Para ele, o Brasil precisa construir uma escola que dialogue melhor com os anseios dos jovens. “O estudante brasileiro precisa desenvolver maiores habilidades de raciocínio lógico e os trabalhadores devem ser preparados para aprender a aprender. Isso será fundamental para incluí-los num desenvolvimento econômico que seja sustentável. Superar esse desafio não é tarefa apenas do governo, mas das empresas, das famílias e de toda a sociedade”, comenta Lucchesi.

A agenda nacional tem dez pontos principais que funcionarão como diretriz para as federações das indústrias nos estados desenvolverem, junto aos parceiros, as ações mais adequadas à sua realidade (veja abaixo). Para incentivar a adesão de outras instituições à iniciativa, a CNI vai lançar um prêmio para destacar as melhores ações desenvolvidas ao longo de 2014.

Pontos da Agenda Educação para o Mundo do Trabalho

1.  Acabar com o analfabetismo na indústria 
2.  Elevar o nível de escolaridade dos trabalhadores da indústria
3.  Ampliar o conhecimento de português e matemática dos trabalhadores
4.  Desenvolver e oferecer cursos presenciais e a distância contextualizados 
5.  Desenvolver e implantar incentivos ao trabalhador para formação continuada
6.  Desenvolver ações voltadas para a disseminação de informações e orientação profissional dos jovens 
7.  Desenvolver ações que promovam a maior participação dos pais na vida escolar dos filhos 
8.  Disseminar novas ferramentas educacionais para dar significado à aprendizagem 
9.  Estruturar campanhas de mídia/redes sociais para a valorização da educação e do trabalho, com linguagem acessível aos jovens 
10.Desenvolver e utilizar instrumentos de avaliação de competência dos jovens 

DESAFIOS DA AGENDA – Segundo o integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE), Mozart Neves Ramos, que participou de debate na CNI, o ensino não é atrativo para o jovem. “Hoje temos uma escola do século 19, com professores do século 20 e alunos do século 21. Temos de colocar todos no mesmo tempo. Não adianta dizer para um aluno que é importante aprender matemática se não conseguirmos mostrar como isso vai impactar sua vida”, diz. Mudar essa realidade, alerta ele, demanda sinergia e o ponto principal são os professores. “Se o Brasil não valorizar a carreira do magistério e a boa formação do professor, pode colocar todos os PIBs do mundo na educação e não vai adiantar nada”, completa.

Isabel Santana, superintendente do Itaú Social, destacou que a educação formal é necessária, mas é preciso também oferecer conteúdos para que se desenvolvam competências como relacionamento, expressão oral, resiliência. “Além disso, temos de levar em conta a diversidade de jovens brasileiros. A maior parte da geração nem nem (uma referência a quem nem estuda e nem trabalha) é composta por mulheres. Nossas ações precisam levar em conta recortes de gênero e raça”, destaca.

Existem atualmente no Brasil 8,7 milhões de jovens no ensino médio e outros 2,1 milhões, que já concluíram o ensino fundamental, mas se encontram fora da escola e sem emprego. No total da geração nem nem, 41,5% são mulheres indígenas, pardas e pretas. Presidente do grupo Ultra, o empresário Pedro Wongtschowski, afirmou que essa agenda precisa ser levada adiante também pela indústria, onde há 81 mil trabalhadores analfabetos, que sofre com os impactos da baixa qualidade da educação. “A elite brasileira entende que já resolveu seus problemas com a educação privada. Nós temos de liderar esse processo”, diz Wongtschowski.

" Já temos resultados bons como o Pronatec
e podemos aprofundar isso na
educação básica” - Rafael Lucchesi
PRÓXIMOS PASSOS – Até dezembro deste ano, as federações das indústrias nos estados aprofundarão a mobilização para que as ações do Educação para o Mundo do Trabalho sejam definidas. Esse processo iniciou em agosto e teve a participação de 1,4 mil pessoas entre especialistas, professores, empresários, pais e alunos, que apresentaram 1,3 mil sugestões para novos modelos de escola e aprendizado. Além das próprias federações, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Serviço Social da Indústria (SESI) – entidades do Sistema Indústria – outras instituições poderão aderir à iniciativa ao desenvolverem ações dentro do escopo do projeto.

Com o objetivo de fortalecer essa mobilização, em maio de 2014, a CNI lançará o Prêmio Educação para o Mundo do Trabalho. O objetivo é destacar os principais resultados obtidos ao longo do primeiro ano do projeto, que busca resultados imediatos para acelerar iniciativas de médio e longo prazos de governos e outras organizações para melhorar a educação.

DIAGNÓSTICO - A pesquisa Sondagem Especial – Falta de trabalhador qualificado, divulgada pela CNI, esta semana, mostrou que 65% dos empresários têm problemas para encontrar profissionais capacitados. Entre eles, 81% dizem que a maior dificuldade para qualificar os empregados é a baixa qualidade da educação básica. A realidade está também descrita na posição do Brasil em algumas avaliações internacionais. O ranking Global de Competitividade 2013/2014 (do Fórum Econômico Mundial) coloca o país em 136º entre 148 nações no quesito qualidade da educação de matemática e ciências.

O entendimento da CNI é que a baixa qualidade da educação básica, a reduzida oferta de ensino profissional e as deficiências no ensino superior limitam a capacidade de inovar das empresas e sua produtividade, com impactos significativos sobre a competitividade do país.

Nesse sentido, a melhoria da educação foi apontada pelos empresários como uma meta prioritária e foi incluída no Mapa Estratégico da Indústria (2013-2022) como fator-chave para a competitividade da indústria brasileira. O Educação para o Mundo do Trabalho é o primeiro desdobramento disso.  “Se o quadro atual da educação não mudar, a falta de qualidade do trabalhador vai se tornar um entrave para o crescimento do país”, comenta Lucchesi.

Por Ismália Afonso
Fotos: José Paulo Lacerda
Fonte: CNI

Atração de investimentos em infraestrutura passa por melhor planejamento e fim da burocracia

Durante debate virtual Rumos da Indústria, especialistas apontaram principais entraves logísticos do país. Transporte ferroviário e por cabotagem estão entre as principais oportunidades.
Debate foi realizado via hangout, ferramenta de
videoconferência do Google+, com transmissão ao vivo
Com um patamar de investimentos no setor de logística em torno de R$ 15 bilhões anuais, o Brasil precisa de um salto para suprir os gargalos e, nos próximos cinco anos, chegar à marca anual de R$ 100 bilhões. A solução para a equação pode estar ligada a importantes melhorias em planejamento e gestão, de acordo com especialistas reunidos nesta quarta-feira (30) na quarta edição do bate-papo virtual Rumos da Indústria, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Uma prova do forte potencial de atração de investimentos na infraestrutura brasileira é que a carga não para de crescer, mesmo com congestionamentos e deficiências que temos hoje. Diferentemente do setor de energético, não temos apagão, mas temos um transporte mais caro e mais lento. Por isso, é muito importante avançar em planejamento e gestão”, afirmou o gerente-executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso, durante o debate.

Pautados pela divulgação do Projeto Centro-Oeste Competitivo, que aponta 106 obras prioritárias para ampliar a infraestrutura de transporte de cargas na região, os especialistas discutiram sobre os principais gargalos da infraestrutura.

"É importante que o Brasil seja mais eficiente na execução de obras. Estamos crescendo muito em produção, e esses investimentos sofrem com a falta de logística. Precisamos mudar e garantir que isso saia do nível de planejamento, que esses projetos se transformem em entregas de obras", acredita Olivier Girard, diretor da Macrologística, empresa responsável pelo estudo.
"Precisamos garantir que os projetos se
transformem em entregas de obras"
- Olivier Girard

ENTRAVES NO CENTRO-OESTE - De acordo com o estudo, apenas 19 das 106 obras prioritárias para o Centro-Oeste estão em andamento, o que equivale a 16,4% dos investimentos necessários. A maior parte desta demanda está voltada a ferrovias e portos, enquanto a prioridade do governo, a curto prazo, é a malha rodoviária.

“Quando o governo faz uma intervenção, o foco não é pontual, mas estrutural”, defendeu o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Segundo ele, os trechos previstos nos projetos rodoviários potencializam o escoamento de cargas na região, e também precisam ser priorizados.

“A ferrovia é interessante porque reduz o custo do transporte, mas temos de trabalhar também no sistema rodoviário, que tem problemas estruturais. O Brasil tem uma frota velha, com média de idade de 18 anos, e motoristas andando com excesso de horas. Isso não é sustentável. Se nós não atacarmos o problema de curto prazo, não chegaremos no longo prazo”, concluiu.

CABOTAGEM – Vista como uma alternativa de baixo custo, a navegação de cabotagem tem grande potencial logístico e competitivo. “Precisamos de abrir esse mercado para operadores e navios externos. A cabotagem só se solidifica como alternativa logística se dermos choque de ofertas, ou seja, se tivermos oferta de navios e de linhas de cabotagem ao longo da costa”, pontuou Figueiredo.

Em virtude do crescimento das atividades da Petrobras com a descoberta de reservas petrolíferas na camada pré-sal, as demandas de navegação na costa brasileira estarão em alta nos próximos anos. “A cabotagem tem de se libertar das teias da época que foi criada, voltada para o desenvolvimento da indústria naval. Com pré-sal, os estaleiros têm encomendas até 2021. É o momento de enfrentar a cabotagem”, sugeriu o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Ramos Torres de Melo.

HANGOUT - Esta foi a quarta edição do Rumos da Indústria, que promove debates sobre relevantes temas para a sociedade brasileira. O bate-papo é realizado via hangout, ferramenta de videoconferência da rede social Google+ que permite transmissões ao vivo.


Assista ao vídeo com a íntegra do hangout sobre logística:



Marina Severino
Foto: Miguel Ângelo
Fonte: CNI

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Comitiva de empresários vai à Alemanha conhecer tendências de consumo

Grupo de 80 pessoas, organizado pela CNI e pela FIERGS, participa de missão de negócios na Feira Anuga 2013, um dos mais importantes eventos internacionais do setor de alimentos e bebidas.

Uma comitiva formada por 80 brasileiros, de sete estados, embarcou nesta quinta-feira (3) para a Alemanha. Eles participam da Missão Empresarial Prospectiva à Feira Anuga 2013, na cidade de Colônia, promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS).

Anuga é um dos eventos internacionais mais importantes do setor de alimentos e bebidas, e apresenta as tendências e inovações ao reunir expositores e visitantes de diferentes países.

Entre os dias 5 e 9 de outubro, os empresários vão percorrer os pavilhões da feira com guias, terão encontros de negócios e visitarão indústrias alemãs. De acordo com o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, que integra o grupo brasileiro, a presença na feira será uma oportunidade para fazer parcerias e conferir a inovação praticada por outras indústrias que são referência internacional.

NOVOS NEGÓCIOS – A Feira Anuga ocorre a cada dois anos, com mais de seis mil expositores e cerca de 150 mil visitantes. No Centro de Exposições Koelnmesse, na cidade de Colônia, serão apresentados produtos inovadores e tendências de consumo, além das especificidades e exigências dos mercados internacionais compradores.

Os segmentos presentes ao evento são lácteos, produtos delicatessen, gourmet e comida saudável, bebidas, carnes, aves e embutidos, sorvetes e produtos congelados, alimentos refrigerados e frescos, pães, doces e infusões, orgânicos, serviços de alimentação, catering, tecnologia e serviços para o comércio varejista.

A missão para Alemanha é organizada por meio da Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), com o apoio da Apex Brasil, do Sebrae/RS e do SENAI-RS. O grupo de 80 brasileiros conta com representantes de 33 empresas e de 10 instituições.

Por Aerton Guimarães
Com informações da FIERGS

Fonte: CNI

Inscrições para o Edital SENAI SESI de Inovação 2013 terminam nesta sexta (4)

Indústrias que pretendem desenvolver produtos, processos ou serviços devem procurar os Departamentos Regionais do SESI ou do SENAI em seus estados.

As inscrições para o Edital SENAI SESI de Inovação 2013 se encerram nesta sexta-feira (4). Os projetos que forem aprovados começam a ser executados no ano que vem. O edital dá apoio tecnológico e de consultoria para empresas do setor industrial de micro, pequeno, médio e grande porte. Dessa maneira, pretende incentivar o desenvolvimento de produtos, processos e serviços inovadores para a indústria, ou nas áreas de saúde, segurança, qualidade de vida, educação e cultura.

Desde que foi lançado, em 2004, o Edital de Inovação recebeu quase 1.600 propostas de projetos nas áreas de alimentos e bebidas, automotiva, biocombustível, biotecnologia cerâmica, construção civil, couro e calçados, eletroeletrônica, gás natural, hidráulica e pneumática, óptica, polímeros, software, têxtil, vestuário, entre outras. De lá para cá,  foram investidos mais de R$ 91 milhões em projetos inovadores.

Neste ano, o Edital oferece, ao todo, R$ 30,5 milhões para a inovação. Desse total, R$ 20 milhões são do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e R$ 7,5 milhões do Serviço Social da Indústria (SESI).  Além disso, haverá R$ 3 milhões em bolsas de pesquisa em Desenvolvimento Tecnológico e Industrial do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Cronograma
Avaliação das propostas - 25/10/2013 a  28/11/2013
Divulgação dos resultados do julgamento - 13/12/2013
Envio de contratos e cadastramento final - 14/12/2013 a 20/02/2014
Execução dos projetos aprovados - 12/03/2014 a 04/11/2015

SERVIÇO
Acesse o site do Edital SENAI SESI de Inovação.
Dúvidas podem ser enviadas para editaldeinovacao@cni.org.br.

Por Aerton Guimarães
Fonte: CNI

Missão à Bolívia organizada pela Rede CIN facilita conquista de mercados externos

Empresários dizem que apoio da CNI na feira e nas rodadas de negócios em Santa Cruz de La Sierra foi decisivo para conhecer futuros parceiros e clientes.

Há três anos, o diretor da indústria paranaense de cosméticos VidalLife, Marcelo Souza, decidiu apostar no mercado internacional. Os investimentos deram resultado. “Já vendemos para o Egito, Cabo Verde, Angola e Colômbia", conta Souza. Além disso, o número de funcionários aumentou de 75 para 90 pessoas. "Contratamos em diferentes áreas, como logística, documentação e expedição”, relata o empresário.  Neste ano, as exportações da Vidallife alcançaram US$ 400 mil.

Para ampliar as exportações, a empresa, que tem sede em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, e atua há 15 anos no mercado brasileiro, participou, na semana passada, da Feira Internacional de Santa Cruz (ExpoCruz), a principal feira internacional da Bolívia e uma das maiores da América do Sul, e da Rodada de Negócios Internacionais do país. Souza integrou a delegação de 11 empresários brasileiros, organizada pela Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN).

Todos voltaram de Santa Cruz de La Sierra, o maior centro comercial e industrial da Bolívia, com boas oportunidades de negócios. "Foi bom conhecer mercados de diferentes países em poucos dias", conta Sabrina Fernandes, gerente regional comercial da fabricante de coletores compactadores de resíduos sólidos urbanos Copac, de Goiânia.

Nas rodadas, fornecedores e compradores se reúnem, por um tempo pré-estabelecido, com a intenção de conhecer as ofertas e demandas de serviços e produtos
ACESSO RÁPIDO À INFORMAÇÃO - Essa foi a primeira vez que a Copac participou de uma rodada de negócios em uma feira internacional. A intenção, diz Sabrina, foi entender como os outros países funcionam em aspectos de metodologias de contratação, sistema político e leis ambientais existentes, por exemplo.

"Em uma semana, levantei informações que levaria no mínimo três meses para conseguir. Voltei ao Brasil pensando nas possibilidades de entrar em outros mercados”,  afirma Sabrina.  Além da fabricar os coletadores, a Copac conta com 600 caminhões locados.

Para participar da missão, a Copac e a VidalLife receberam apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da Rede CIN e da Apex Brasil, e da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), que organizaram a Missão Prospectiva e Rodada de Negócios ExpoCruz 2013. O programa de missões empresariais prospectivas da Rede CIN oferece às empresas brasileiras oportunidade de acompanhar as novas tecnologias, estabelecer contato com parceiros internacionais e conhecer experiências inovadoras em suas áreas. Além disso, os empresários podem  participar de rodadas de negócios.

MUITOS CONTATOS EM UM DIA - Nessas rodadas, fornecedores e compradores se reúnem, por um tempo pré-estabelecido, com a intenção de conhecer as ofertas e demandas de serviços e produtos. Dessa forma, é possível fazer diversos contatos comerciais em um único dia.

Na Expocruz, o diretor comercial da Isoeste, Sérgio Bandeira, participou, em apenas três dias, de mais de 20 reuniões com futuros possíveis clientes.  "Os resultados com certeza virão a muito curto prazo", aposta Bandeira. “Registramos vendas esporádicas a alguns países nos últimos cinco anos, mas agora queremos consolidar nossa presença no mercado internacional".

Com mais de 30 anos no mercado, a Isoeste, que fabrica construtivos isotérmicos, como portas para frigoríficos, tem mais de 3 mil funcionários em cinco cidades: Anápolis (GO), Castanhal (PA), Várzea Grande (MT), São José dos Pinhais (PR) e Vitória de Santo Antão (PE).

REDE CIN - A Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), coordenada pela CNI, trabalha, desde 1998, pela internacionalização de empresas brasileiras por meio de serviços voltados para o aumento da sua competitividade. A Rede CIN agrega conhecimentos e competências acumulados por 27 Centros Internacionais de Negócios, sediados nas federações estaduais de indústria e do Distrito Federal. Nas federações, as empresas têm acesso aos produtos e serviços direcionados à sua atuação no mercado internacional.

Procure a federação do seu estado para saber mais.

Por Aerton Guimarães
Foto: Johanna Guevara/FIEG
Fonte: CNI

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Confiança do consumidor continua baixa, informa pesquisa da CNI

INEC fica praticamente estável em setembro. Na comparação com agosto, brasileiros estão mais pessimistas com o desemprego e a inflação e mais otimistas com a renda pessoal e o endividamento.

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) ficou em 110,1 pontos neste mês, praticamente o mesmo registrado em agosto, quando alcançou 110,3 pontos. Na comparação com setembro de 2012, o INEC caiu 2,7%, informa a pesquisa divulgada nesta segunda-feira (30), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

"A confiança do consumidor está baixa há quatro meses", constata a pesquisa. O levantamento mostra que, em setembro, aumentou a preocupação dos brasileiros com a inflação e o desemprego nos próximos seis meses. O índice de expectativa de inflação caiu 5,9% em setembro na comparação com agosto. No mesmo período, o índice de expectativa de desemprego recuou 5,6%. A queda nos dois índices revela que os consumidores estão mais pessimistas com a evolução dos preços e a oferta de emprego.

No entanto, ao contrário do que ocorreu no mês passado, os brasileiros têm uma expectativa mais positiva em relação à renda pessoal e às dívidas. O índice de expectativa sobre renda pessoal nos próximos seis meses aumentou 3,3% em relação a agosto. O índice de expectativa de endividamento cresceu 2,8%, e o de compras de bens de maior valor teve alta de 0,8%. O crescimento dos índices mostra que as pessoas estão mais otimistas.

O INEC de setembro foi feito a partir de entrevistas com 2.002 pessoas em 142 municípios, entre 14 e 17 de setembro.

Fonte: CNI

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Profissões industriais oferecem melhores salários para técnicos

Análise realizada pelo SENAI mostra que trabalhadores formados para atuar nesse setor têm remuneração média 24% superior às das áreas de serviços, comércio e agropecuária.

O estudo mostra que a carreira nas profissões ligadas à indústria são mais promissoras
Quem está interessado em fazer um curso técnico para entrar no mercado de trabalho tem hoje, no Brasil, 160 opções em áreas que vão desde controle e processos industriais até turismo e hospitalidade. Entre os benefícios de quem opta por esse tipo de formação está a entrada mais rápida no mercado de trabalho, em profissões de boa remuneração e com carreiras promissoras. Um estudo elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) revela que esses trabalhadores recebem, em média, R$ 2.227,00 nos empregos formais no Brasil.

A análise feita com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2011, a mais recente disponível, mostra ainda que os técnicos formados para trabalhar na indústria são os que recebem os maiores salários, em média de R$ 2.519,34. O valor é 24,3% maior que o recebido por técnicos de outras áreas como comércio, serviços ou agropecuária (R$ 2.027,54).

O estudo avaliou 2.514.110 empregos em 103 ocupações de nível técnicos tipicamente industriais. Desse total, 47% estão na indústria, 29% no setor de serviços e 23% no comércio.  “Quem se forma para trabalhar na indústria pode conseguir oportunidades também em outros setores. Há um mercado importante interessado em oferecer serviços à indústria. Essas empresas não são indústria e precisam dos técnicos industriais”, explica o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi.

Segundo ele, também não é surpresa que profissionais formados em cursos tipicamente industriais também atuem no comércio. Entre os exemplos, estão o técnico têxtil que pode trabalhar na área de controle de qualidade dos grandes magazines, e os técnicos químicos, responsáveis por vendas especializadas. Eles desempenham papel importante na aproximação entre a área de pesquisa e desenvolvimento das empresas e os consumidores.

Um profissional técnico é formado em cursos com carga horária mínima de 800 horas/aula, que oferecem conhecimentos teóricos e práticos em diversas atividades do setor produtivo. Para a obtenção do diploma, é necessário que o estudante tenha concluído o ensino médio.

CARREIRA PROMISSORA – De acordo com o levantamento, no primeiro emprego, os técnicos industriais recebem 13,4% a mais que os profissionais de mesmo nível formados para outros setores. Entre os profissionais com mais de 10 anos de profissão, a diferença é ainda maior – os técnicos industriais ganham 49,2% mais. O estudo mostra ainda que a carreira nas profissões ligadas à indústria são mais promissoras. Nesse caso, quem tem 10 anos de profissão chega a ganhar 260% mais do que quem está no primeiro emprego. Nas outras profissões, essa variação é 173% (veja quadro).



Remuneração de profissionais de nível técnico industriais e não industriais






AUMENTO DOS EMPREGOS – As 103 ocupações analisadas pelo SENAI tiveram crescimento no volume de empregos de 36,6% entre a RAIS 2006 e a RAIS 2011. Isso indica a expansão do mercado de trabalho para quem opta por fazer um curso técnico. Foram identificadas também as dez ocupações industriais que mais abriram vagas nesses cinco anos. Juntas, elas tiveram crescimento de 70% nos postos de trabalho e representam 26,6% do total de vínculos das ocupações industriais de nível técnico.

Entre essas dez, sete têm remuneração acima de R$ 2.519,34, que é média salarial desse grupo. Os supervisores de usinagem, conformação e tratamento de metais, que atuam principalmente no desenvolvimento de peças metálicas, têm remuneração média mais alta, de R$ 3.694,56 mensais. Os técnicos mecânicos na fabricação e montagem de máquinas, sistemas e instrumentos, responsáveis por projetar, fabricar e modificar sistemas eletromecânicos, vêm logo em seguida com R$ 3.607,17, e depois os técnicos em construção civil, com R$ 3.461,52.

                                              
Remuneração das ocupações que mais cresceram em número de postos de trabalho entre 2006 e 2011


O SENAI realiza sistematicamente o monitoramento o mercado do trabalho. Com essa observação, é possível identificar possíveis sinais de desequilíbrio entre a procura das empresas e a oferta de qualificação de trabalhadores. O SENAI é a principal instituição que oferece formação profissional para a indústria. Desde o início das suas atividades, já realizou mais de 3 milhões de matrículas em cursos que vão desde a formação inicial e continuada até a pós-graduação. O SENAI também é o principal parceiro do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), responsável por cerca de metade das 1,25 milhão de matrículas em cursos técnicos.

Por Ismália Afonso
Foto: José Paulo Lacerda
Fonte: CNI

Indústria quer melhores mecanismos de proteção contra perda de competitividade

Em seminário promovido pela CNI e CGTB, empresários e trabalhadores chegam ao consenso de que os altos custos internos de produção fazem a indústria perder mercados interno e externo.

O seminário reuniu empresários, trabalhadores e representantes sindicais, que discutiram temas como câmbio, juros, investimentos, educação e emprego
A indústria brasileira precisa de melhores mecanismos de proteção enquanto não forem reduzidos os vários entraves à sua competitividade, que vão da alta carga tributária à deficiência da infraestrutura. A proposta partiu do presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes, e do gerente da Associação Brasileira  da Indústria Eletro Eletrônica (Abinee), Edgar da Silva, nos debates do seminário Fortalecimento da Indústria Brasileira e do Emprego, promovido nesta quinta (26), em Brasília, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).

Segundo Marco Polo, o custo da energia elétrica no Brasil para se produzir uma tonelada de aço é de US$ 80 o megawatt/hora, o dobro do custo nos Estados Unidos. A instalação de uma siderúrgica no Brasil exige US$ 1.880 por tonelada, investimento que é de US$ 1.000 na Índia e US$ 550 na China. "Precisamos proteger a indústria nacional enquanto estas assimetrias de competitividade não forem corrigidas", assinalou o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil. Edgar Silva informou, por sua vez, existirem no país mais de 20 regimes tributários especiais que facilitam as importações. De acordo com o gerente da Abinee, a redução do imposto de importação a 2% para equipamentos não produzidos no país – os chamados ex-tarifários – é usada muitas vezes na compra de fábricas prontas e não de máquinas isoladamente.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, que participou do segundo painel do seminário, sobre a baixa taxa de investimentos no país, informou que na década de 1980 o Brasil era o quinto produtor mundial de máquinas e hoje está em 15º lugar. Revelou que enquanto em 2004, de cada 100 máquinas vendidas no Brasil, 60 eram nacionais e 40 importadas. Hoje apenas 30 são fabricadas no país.

DESONERAÇÃO DO INVESTIMENTO – O presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo, defendeu como urgente a necessidade de se desonerar  os investimentos para que eles possam ser ampliados, gerando mais emprego e reaquecendo a economia. Segundo Figueiredo, investir no Brasil custa 25% mais caro do que na Ásia e 10% mais do que nos Estados Unidos.

"Precisamos eliminar essa diferença para atrair investimentos para cá”, completou, sublinhando que a Coreia chegou à potência industrial que é hoje usando largamente o protecionismo e manipulando o câmbio.

Para o presidente da CGTB,  Ubiraci Dantas de Oliveira, a indústria brasileira precisa ser fortalecida como forma de se manter os níveis de emprego. "Não podemos permitir que a indústria brasileira vá para o ralo, porque é uma indústria pujante e haverá perdas de emprego", enfatizou Ubiraci, que também participou dos  debates.

A diretora de Relações Institucionais da CNI, Monica Messenberg, salientou que as divergências entre empresários e trabalhadores nas relações de trabalho não são empecilho à união dos dois lados pela eliminação dos obstáculos à maior competitividade da indústria. "Devemos nos concentrar no que nos une, retirando os entraves para a prosperidade, enquanto equacionamos nossas poucas diferenças", declarou na abertura do seminário.

NOVO MODELO – No último painel do seminário Fortalecimento da Indústria Brasileira e do Emprego, sobre qualificação profissional, o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, defendeu mudanças no modelo educacional, centralizado no ensino acadêmico de nível superior. Propôs maior ênfase na educação profissional, essencial, na sua visão, para fornecer mão de obra qualificada que permita à indústria brasileira ampliar a prática da inovação.

Lucchesi informou  que enquanto no Brasil apenas 7% dos estudantes  entre 15 e 19 anos estão inscritos na educação profissional, este percentual é de 53% na Alemanha e de 55% no Japão.

Por Luiz Roberto Marinho e Sirlei Pires
Fotos: Miguel Ângelo
Fonte: CNI

Conexão Mundo ensina inglês nas redes sociais e oferece viagem aos Estados Unidos

Programa do SESI e do SENAI em parceria com instituição americana facilita o aprendizado do idioma e permite ao aluno estabelecer contatos e fazer amizades com professores e estudantes estrangeiros.

Quarenta e sete estudantes que participaram do programa Conexão Mundo, criado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), farão intercâmbio nos Estados Unidos no início de novembro. Dentre 800 alunos do programa, o grupo se destacou e vai viajar por duas semanas com tudo pago para o país norte americano.

Eles concluíram o curso de inglês na primeira semana de setembro. Salvador é a cidade com maior número de alunos que vão viajar: 11 no total. Há, também, 10 de Belo Horizonte, 8 de Porto Velho, 5 de Maceió, 5 de Joinville (SC), 5 de Recife e 3 de Macaé (RJ).

Criado pelo SESI e pelo SENAI, em parceria com a organização não governamental  US-Brasil Connect, o Conexão Mundo ensina inglês de um jeito diferente. Essa é mais uma iniciativa do SESI e do SENAI para melhorar a qualificação dos jovens profissionais brasileiros.

"O aluno aprende o idioma nas redes sociais,
se divertindo" - Sérgio Moreira
O curso, de cinco meses, é dividido em três etapas. Na primeira, os alunos participam das aulas virtuais, que são feitas pelo Facebook, hangouts (bate-papos com webcam pelo Google) e a plataforma de aulas Longman, um site especializado no ensino do inglês. Nas aulas e atividades a distância, os alunos brasileiros interagem pela internet com monitores americanos. Cada monitor é responsável por uma turma de 10 a 12 alunos.

Depois dos dois primeiros meses, na segunda etapa, os monitores americanos vêm ao Brasil para dar aulas presenciais por um mês. Essas aulas ocorrem de segunda a sexta-feira, em junho e julho, no período de férias dos brasileiros, e envolvem dinâmicas, jogos e simulação de situações comuns do mercado de trabalho. Em seguida, a terceira etapa segue com mais dois meses de aulas pela internet.

"Há aulas com todos ao mesmo tempo, cada um em sua casa, basta acessar a internet com uma webcam e microfone”,  explica  o diretor adjunto de Educação e Tecnologia do SESI e do SENAI, Sérgio Moreira. A grande vantagem do Conexão Mundo, afirma ele, é que o aluno aprende o idioma nas redes sociais, um ambiente em que os  jovens costumam  estabelecer novos contatos, fazer amizades e até namorar. "Eles aprendem se divertindo e são avaliados constantemente, em todas as tarefas e nas atividades promovidas pelas redes sociais", completa Moreira.

PLANOS PARA O FUTURO - Ao final do curso, os alunos recebem um certificado de conclusão do SESI e do SENAI. Quem consegue avanços mais significativos em inglês e tem as melhores avaliações na escola ganha a viagem com tudo pago para os Estados Unidos. Nas duas semanas da viagem, os premiados, que representam cerca de 5% do total de alunos matriculados no curso, ficam hospedados em casas de famílias americanas, visitam escolas, conhecem universidades e empresas e participam de uma série de outras atividades.

“Foi uma das melhores experiências que tive na vida", afirma Yan Nunes, 19 anos, estudante do curso técnico de mecatrônica do SENAI.  Premiado com a viagem na primeira turma do Conexão Mundo, Yan fez o curso de inglês em 2012 e viajou em outubro do ano passado para os Estados Unidos com outros nove colegas.

O primeiro grupo de brasileiros do Conexão Mundo passou duas semanas em Denver, no ano passado
Morador de Salvador, Yan continua seus estudos de inglês pelo Conexão Mundo. Orgulhoso com os avanços feitos no idioma, ele conta que hoje praticamente só lê livros em inglês. Isso lhe abre caminhos para projetar novas conquistas no futuro. "Eu quero participar do projeto Ciências Sem Fronteiras, e saber inglês é fundamental para isso", antecipa.

Além de melhorar o inglês, na viagem aos Estados Unidos, Yan mudou seus planos de carreira profissional. "Antes queria ser físico. Agora sonho em cursar engenharia aeroespacial. Só estou em dúvida se sigo carreira militar no ITA ou numa indústria aeroespacial aqui no Brasil ou se vou para os Estados Unidos”, diz ele. Yan decidiu mudar seu projeto futuro depois das conversas com os estudantes americanos de engenharia aeroespacial.

A estudante Mariana Palma, 18 anos, se destacou nas aulas de inglês no ano passado. “No começo eu não falava nada de inglês", conta.  Ela também estuda logística no SENAI em Salvador e redobrou a dedicação ao inglês. O esforço valeu a pena: ela foi uma das selecionadas para o intercâmbio em novembro. "Estava lutando muito para conseguir a viagem”, diz ela, que participa do módulo avançado do curso.

Outro estudante que visitou os Estados Unidos pelo Conexão Mundo foi  o baiano Matheus Ribeiro, 18 anos. Ele estuda automação industrial no SENAI, em Salvador. Para ele, o programa oferece muito mais que o aprendizado do idioma. “A confiança que eu ganhei ao ter contato com outra cultura nenhum curso comum dá. O inglês não é só aprender, é ter confiança", afirma Matheus.  "O Conexão Mundo faz justamente isso, ele nos dá confiança para falar inglês. Meu monitor desde o início dizia: não se preocupe em falar perfeitamente, se preocupe em ser compreendido”, ressalta.

O Conexão Mundo também mudou os planos do estudante Talma Neto, 18 anos, que faz curso de logística no SENAI. “Também quero aprender chinês, alemão, italiano. Quero ser advogado de empresas e, com certeza diferentes idiomas vão me ajudar no trabalho”, diz o estudante, que também foi aos Estados Unidos  em 2012.  “Quem sabe eu não vá trabalhar em uma multinacional? Quero estudar em Harvard ou Oxford. Vi agora que isso é possível”, completa.

TECNOLOGIA E INTERAÇÃO - Abrir portas e mostrar novas possibilidades aos estudantes também está entre os objetivos do Conexão Mundo. “Aprender a língua não é só saber as coisas e reproduzi-las. É ter a vontade de se conectar, fazer amizades", afirma a presidente da ONG US-Brasil Connect, Mary Gershwin. Segundo ela, é preciso aproveitar a tecnologia para estreitar as relações e, com isso, aprender novas culturas.

Mas não são apenas os brasileiros que ganham com o programa. De acordo com Daniel Phelan, presidente do Jackson College, uma das universidades americanas que participa do Conexão Mundo,  os monitores  também aprendem com os brasileiros. “É uma ótima oportunidade para todos aprenderem lições de vida e de trabalho. Essa experiência nos ajuda a conhecer outros países e culturas”, explica o dirigente da escola.  Neste ano, 80 monitores de colégios americanos estão no projeto e vieram para o país para passar um mês com os alunos brasileiros.

“É uma troca de experiências. Com esse programa, conseguimos conectar o povo dos Estados Unidos com o povo brasileiro”, ressalta o diretor do Departamento de Cultura, Educação e Imprensa da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, John Matel, que apoia o programa Conexão Mundo.

PROGRAMA NASCEU EM SALVADOR - O programa Conexão Mundo foi implementado em 2012 em Salvador, como projeto piloto. A unidade do SESI e do SENAI da capital baiana oferece ensino médio articulado com o profissional. Ao todo, 200 alunos dos 2º e 3º ano do ensino médio foram selecionados depois de realizarem provas para testar o nível de conhecimento em inglês.

Neste ano, o Conexão Mundo foi estendido a 800 estudantes, de sete cidades brasileiras. Foram 200 alunos em Belo Horizonte, 50 em Joinville, no interior de Santa Catarina, 50 em Macaé, no Rio de Janeiro, 100 em Maceió, 100 em Recife, 100 em Porto Velho e outros 200 em Salvador.

Entre os 800 estudantes, 700 são de escolas do SESI e do SENAI e cem de escolas públicas. Entre os alunos de escolas públicas, 50 são Belo Horizonte e 50, de Porto Velho. Os alunos que se destacaram viajarão para quatro cidades: Jackson e Traverse City, em Michigan; Kallispell, no estado de Montana e Denver, no Colorado.

Em 2014, o programa Conexão Mundo será ampliado e pretende atender a 2 mil alunos em mais estados brasileiros.

SAIBA MAIS - Assista aos vídeos sobre o programa:

- Veja como foi a primeira edição do Conexão Mundo

- Preparação para a vinda dos monitores americanos para as aulas presenciais no Brasil em 2013

Por Aerton Guimarães
Fotos: Arquivo Pessoal
Fonte: CNI

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Excesso de burocracia


Empresas no Brasil são afetadas pelo excesso de burocracia, ocasionando o afastamento de investidores tanto nacionais quanto internacionais.

As empresas são afetadas de duas formas. Na demora na aprovação das licenças para investimentos, principalmente em infraestrutura, e na operação, na qual os principais focos estão na tributação e nas relações do trabalho.

Essa é uma opinião de lideres empresarias e especialistas que participaram na quarta-feira (25), do Fórum Estadão Brasil Competitivo, que tinha como tema Gestão pública e burocracia: desafios para o Estado brasileiro.

O país tem recursos e até ilhas de excelência, mas que falta levar essa eficiência para mais setores da atividade pública. Um dos maiores problemas que o excesso de burocracia causa, é a insegurança jurídica. Pois uma empresa internacional com o desejo de investir no território nacional, pode ficar presa a uma licença. E também das incertezas ao respeito de contratos, questões tributárias, que estão em constante mudança.

Para o atual presidente da Abdib Paulo Godoy, as funções dos diferentes órgãos do Estado se confundem, e o sistema tributário do país é uma calamidade. Como medida para sair do atual estado de paralisia na área de infraestrutura, denominou Godoy, defende o modelo de concessões, afirmando que é a melhor e única alternativa.

Fonte : Fiec
Fonte: CNI